Qual a função do imã ruminal e como ele contribui para a saúde do gado?

Em meio aos inúmeros recursos disponíveis hoje para promover o bem-estar animal no campo, o imã ruminal se destaca pela sua relevância e eficácia.

Se você ainda não conhece esse dispositivo e seu impacto direto na saúde e produtividade dos rebanhos, pode estar perdendo uma oportunidade de ouro para aprimorar a qualidade do leite e garantir o vigor dos animais.

Funcionamento do imã ruminal: explicação detalhada

Na prática, o imã ruminal é um pequeno cilindro feito geralmente de inox com um núcleo magnético. Ele é administrado por via oral ao animal, posicionando-se no rúmen, um dos compartimentos do estômago dos bovinos.

Por que isso é importante? Infelizmente, a ingestão acidental de corpos metálicos — como grampos, pedaços de arame e pregos — é bastante comum no campo, principalmente onde há manutenção rotineira de cercas e máquinas.

Esses objetos, se não forem interceptados, podem perfurar paredes do estômago, causar inflamações severas e até mesmo colocar a vida do animal em risco.

Com o imã ruminal, esses perigosos fragmentos metálicos ficam aderidos ao dispositivo magnético antes de causar danos, evitando que circulem pelo sistema digestivo.

Por ser seguro, não interfere em processos normais de digestão e permanece funcional por toda a vida produtiva da vaca ou boi.

Benefícios do uso: impactos diretos e indiretos

Mais do que uma simples medida preventiva, o imã ruminal traz vantagens concretas para o resultado do trabalho no campo.

Entre os principais ganhos, está a redução expressiva dos casos de reticuloperitonite traumática (popularmente conhecida como “doença do arame”).

Essa enfermidade pode ser silenciosa, prejudicando a produção leiteira e comprometendo a eficiência reprodutiva dos animais.

Ao evitar problemas digestivos graves, o rebanho experimenta melhoria na absorção de nutrientes, resultando em fortalecimento geral, maior conversão alimentar e, consequentemente, na melhora da qualidade do leite entregue ao laticínio.

Animais sadios também demandam menos antibióticos e outras intervenções, o que se reflete em responsabilidade sanitária e em uma cadeia produtiva mais sustentável.

Prevenção e bem-estar: estratégias integradas ao manejo

Hoje, não basta tratar doenças, é fundamental preveni-las. Investir no uso do imã ruminal demonstra preocupação genuína com a saúde do gado e contribui para um ambiente mais seguro e produtivo.

Manejadores atentos utilizam essa tecnologia aliada a outras práticas — como boa manutenção das instalações e descarte responsável de resíduos — para proteger de maneira integral os animais.

Vale mencionar que o bem-estar na fazenda tem sido cada vez mais observado por consumidores e parceiros do setor, que exigem produtos oriundos de sistemas que respeitem princípios éticos e legais, valorizando o cuidado animal do início ao fim da cadeia produtiva.

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